segunda-feira, 29 de setembro de 2008

para os vegetarianos

Gostariam de olhar o cardápio? – disse o garçom. – Ou gostariam de ser apresentados ao Prato do Dia?

(...)

Um imenso animal leiteiro aproximou-se da mesa de Zaphod Beeblebrox. Era um enorme e gordo quadrúpede do tipo bovino, com grande olhos protuberantes, chifres pequenos e um sorriso nos lábios que era quase simpático.

- Boa noite – abaixou-se e sentou-se pesadamente sobre suas ancas – sou o Prato do Dia. Posso sugerir-lhes algumas partes do meu corpo? – Grunhiu um pouco, remexeu seus quartos traseiros buscando uma posição mais confortável e olhou pacificamente para eles.

(...)

- Alguma parte do meu ombro, talvez? – sugeriu o animal. – Um guisado com molho de vinho branco?

(...)

- Você quer dizer que este animal realmente quer que a gente o coma? – cochichou Trillian para Ford.

- Eu? – disse Ford com o olhar vidrado. – Eu não quero dizer nada.

- Isso é absolutamente horrível- exclamou Arthur -, a coisa mais repugnante que já ouvi.

- Qual o problema, terráqueo? – disse Zaphod, que agora observava atentamente o traseiro do animal.

- Eu simplesmente não quero comer um animal que está na minha frente se oferecendo para ser morto – disse Arthur – É cruel!

- Melhor do que comer um animal que não deseja ser comido – disse Zaphod.

- Não é essa a questão – protestou Arthur. Depois pensou um pouco mais a respeito. – Está bem – disse –, talvez essa seja a questão. Não me importa, não vou pensar nisso agora. Eu só... ahn...

O universo enfurecia-se em espasmos mortais.

- Acho que vou pedir uma salada – murmurou.

- Posso sugerir que o senhor pense na hipótese de comer meu fígado? Deve estar saboroso e macio agora, eu mesmo tenho me mantido em alimentação forçada há meses.

- Uma salada verde – disse Arthur, decididamente.

- Uma salada? – disse o animal, lançando um olhar de recriminação a ele.

- Você vai me dizer – disse Arthur – que eu não deveria comer uma salada?

- Bem – disse o animal –, conheço muitos legumes que têm um ponto de vista muito forte a esse respeito. E é por isso, aliás, que por fim decidiram resolver de uma vez por todas essa questão complexa e criaram um animal que realmente quisesse ser comido e que fosse capaz de dizê-lo em alto e bom-som. Aqui estou eu!

Conseguiu inclinar-se ligeiramente, fazendo uma leve saudação.

- Um copo d’água, por favor – disse Arthur.

- Olha – disse Zaphod –, nós queremos comer, não queremos uma discussão. Quatro filés mal passados, e depressa. Faz 576 bilhões de anos que não comemos.

O animal levantou-se. Deu um grunhido brando.

- Uma escolha muito acertada, senhor, se me permite. Muito bem – disse –, agora é só sair e me matar.

Voltou-se para Arthur e deu uma piscadela amigável.

- Não se preocupe, senhor, farei isso com bastante humanidade.

Encaminhou-se gingando para a cozinha.

domingo, 28 de setembro de 2008

uma passagem interessante...

Outros olhos espreitavam a massa que se reunia. No alto de uma árvore, na
beira da clareira, estava Ford Prefect, recém-chegado de climas
estrangeiros. Após sua viagem de seis meses, estava magro e saudável, seus
olhos brilhavam, vestia um casaco de pele de rena; sua barba estava tão dura
e seu rosto tão bronzeado como de um cantor de country-rock.
Ele e Arthur Dent vinham observando os golgafrichaneses há quase uma
semana, e Ford decidira que era hora de agitar um pouco as coisas.
A clareira estava cheia agora. Centenas de homens e mulheres andavam por
ali, conversando, comendo frutas, jogando cartas, em geral relaxando. Seus
macacões de viagem estavam a essa altura imundos e até rasgados, mas todos
tinham cabelos impecavelmente penteados. Ford ficou curioso ao notar que
alguns deles tinham recheado o macacão com folhas e ficou pensando se seria
alguma forma de proteção contra o inverno que se aproximava. Ford apertou os
olhos. Não poderiam ter de repente se interessado por botânica.
No meio destas especulações a voz do Capitão elevou-se sobre o
burburinho.
— Muito bem — disse ele —, gostaria de pedir alguma ordem para esta
reunião, se for possível. Todo mundo de acordo? — sorriu cordialmente. — Num
minuto. Quando todos estiverem prontos.
A conversa foi diminuindo gradativamente até a clareira ficar em
silêncio, exceto pelo gaiteiro que parecia estar num mundo particular
selvagem e desabitado. Alguns dos que estavam próximos a ele lhe atiraram
algumas folhas. Se havia algum motivo para isso, escapou à compreensão de
Ford Prefect.
Um pequeno grupo de pessoas tinha se reunido em torno do Capitão e um
deles estava claramente se preparando para falar. Fez isso ficando em pé,
limpando a garganta e então deitando o olhar na distância, como querendo
dizer à multidão que estaria com ela num minuto.
A multidão naturalmente estava atenta e voltou os olhos para ele.
Seguiu-se um momento de silêncio, que Ford julgou ser o exato momento
dramático para fazer sua entrada. O homem virou-se para falar.
Ford pulou da árvore.
— Oi, pessoal — disse.
A multidão girou para o seu lado.
— Ah, meu caro rapaz — disse o Capitão. — Tem fósforos com você? Ou
isqueiro? Algo assim?
— Não — disse Ford, soando como se tivesse sido um pouco esvaziado. Não
era o que tinha preparado. Decidiu que seria melhor ser mais efusivo no
assunto.
— Não, não tenho — prosseguiu —, não tenho fósforos. Em vez disso trago
notícias...
— Que pena — disse o Capitão. — Estamos todos sem, sabe. Há semanas que
não tomo um banho quente.
Ford recusou-se a ser dirigido.
— Trago notícias — disse — de uma descoberta que poderia interessá-los.
— Está na pauta? — perguntou asperamente o homem que Ford tinha
interrompido.
Ford abriu um largo sorriso de cantor de country-rock.
— Não, pêra aí — disse.
— Muito bem, lamento — disse o homem com arrogância —, mas enquanto
consultor de gerência de muitos anos de experiência, devo insistir na
importância de se observar a estrutura do comitê.
Ford olhou para a multidão.
— Ele está louco, sabem — disse. — Este é um planeta pré-histórico.
— Dirija-se à mesa — ralhou o consultor de gerência.
— Não tem mesa nenhuma — explicou Ford —, só uma pedra.
O consultor de gerência decidiu que o que a situação agora requeria era
impaciência.
— Ora, chame de mesa — disse impacientemente.
— Por que não chamar de pedra? — perguntou Ford.
— Você obviamente não tem concepção — disse o consultor de gerência, sem
abandonar a impaciência em favor da velha e boa soberba — dos modernos
métodos de negócios.
— E você não tem concepção do lugar em que está — disse Ford.
Uma garota de voz estridente levantou-se de um salto e usou-a.
— Calem-se, vocês dois — disse ela —, quero enviar uma moção ao plenário.
— Você quer enviar uma moção à clareira — disse um cabeleireiro, dando
uma risadinha.
— Ordem, ordem! — gritou o consultor de gerência.
— Muito bem — disse Ford —, vamos ver como estão se saindo. — Agachou-se
no chão para ver quanto tempo agüentava manter a calma.
O Capitão fez uma espécie de ruído conciliatório.
— Gostaria de pedir ordem — disse amavelmente. — A cinco centésima
septuagésima terceira reunião do comitê de colonização de Flintevudlevix...
Dez segundos, pensou Ford, e ergueu-se de um pulo.
— Isso é frívolo — exclamou. — Quinhentas e setenta e três reuniões de
comitê e vocês ainda não descobriram o fogo!
— Se você se desse o trabalho — disse a garota da voz estridente — de
consultar a folha de pauta da reunião...
— A pedra de pauta — gorjeou o cabeleireiro alegremente.
— Obrigado, eu coloquei essa questão — murmurou Ford.
— ... você... vai... ver... — continuou a garota com firmeza — que
teremos um relatório do Subcomitê de Desenvolvimento do Fogo dos
cabeleireiros esta tarde.
— Oh... ah — disse o cabeleireiros com um olhar encabulado, que é
reconhecido em toda a Galáxia como significando: "Ahn, será que dava pra ser
pra terça-feira?".
— Muito bem — disse Ford, cercando-o. — O que você fez? O que você vai
fazer? Quais são suas idéias a respeito do desenvolvimento do fogo?
Bom, não sei — disse o cabeleireiro —, só me deram uns pauzinhos...
— E então? O que você fez com eles?
Nervoso, o cabeleireiro procurou nos bolsos do seu macacão e entregou a
Ford o fruto de seu trabalho. Ford os levantou para que todos vissem.
— Pinças para cachear cabelos — disse. A multidão aplaudiu.
— Não importa — disse Ford. — Roma não se fez num dia.
A multidão não tinha a mais remota idéia do que ele estava dizendo, mas
mesmo assim adoraram. E aplaudiram.
— Bem, você está sendo totalmente ingênuo, obviamente — disse a garota. —
Quando você tiver trabalhado com marketing tanto quanto eu vai saber que
antes que um novo produto possa ser desenvolvido ele tem que ser devidamente
pesquisado. Precisamos descobrir o que as pessoas esperam do fogo, como se
relacionam com ele, que tipo de imagem ele tem para elas.
A multidão estava tensa. Esperavam algo de sensacional de Ford.
— Enfia no nariz — disse ele.
— O que é precisamente o tipo de coisa que precisamos saber — insistiu a
garota. — As pessoas querem fogo que possa ser introduzido nasalmente?
— Vocês querem? — perguntou Ford à massa.
— Queremos! — gritaram alguns.
— Não! — gritaram outros alegremente. Não sabiam, só achavam ótimo.
— E a roda? — disse o Capitão. — Como vai essa roda? Parece um projeto
terrivelmente interessante.
— Ah — disse a garota de marketing —, estamos encontrando alguma
dificuldade aí.
— Dificuldade? — exclamou Ford. — Dificuldade? Como assim, dificuldade? É
a máquina mais simples de todo o Universo!
A garota de marketing olhou para ele com mau humor.
— Muito bem, Sabe-Tudo — disse. — Já que você é tão esperto, então diga
de que cor ela deve ser.
A massa delirou. Um ponto para o time da casa, pensaram. Ford sacudiu os
ombros e sentou-se de novo,
— Zarquon Todo-Poderoso — disse —, nenhum de vocês fez nada?
Como que em resposta a sua pergunta houve um repentino clamor na entrada
da clareira. A multidão não acreditava na quantidade de diversão que estava
tendo aquela tarde: uma tropa de cerca de uma dúzia de homens vestindo os
restos de seus uniformes do terceiro regimento de Golgafrincham entrou
marchando. Estavam bronzeados, saudáveis e totalmente exaustos e enlameados.
Pararam a um "alto" e perfilaram-se atentos. Um deles desfaleceu e não se
moveu mais.
— Capitão! — gritou Número Dois, que era o líder. — Permissão para
informe, senhor!
— Tá, tudo bem, Número Dois, sejam bem-vindos e tudo o mais. Acharam
alguma fonte de água quente? — disse o Capitão, desesperançado.
— Não, senhor!
— Foi o que pensei.
Número Dois atravessou a multidão é apresentou armas diante da banheira.
— Descobrimos um outro continente!
— Quando foi isso?
— Fica além do mar... — disse Número Dois, estreitando os olhos
expressivamente — a leste!
— Ah.
Número Dois voltou o rosto para a multidão. Ergueu sua arma acima da
cabeça. Essa vai ser ótima, pensou a massa.
— Declaramos guerra!
Aplausos desenfreados explodiram em todos os cantos da clareira. Isto
superava todas as expectativas.
— Espere um minuto — disse Ford Prefect —, espere um minuto!
Levantou-se e pediu silêncio. Após um instante, conseguiu, ou pelo menos
conseguiu o melhor silêncio que podia sob as circunstâncias: as
circunstâncias eram que o tocador de gaita de foles estava espontaneamente
compondo um hino nacional.
— Tem que ter esse gaiteiro? — indagou Ford.
— Ah, sim — disse o Capitão —, nós lhe demos uma subvenção.
Ford considerou a idéia de colocar isso em debate mas rapidamente decidiu
que a loucura prevaleceria. Em vez disso, atirou uma pedra no gaiteiro e
virou-se para Número Dois.
— Guerra? — disse.
— É! — Número Dois olhava desdenhosamente para Ford.
— Contra o continente vizinho?
— É! Guerra total! A guerra que vai acabar com todas as guerras!
— Mas ainda nem tem ninguém morando lá!
Ah, interessante, pensou a multidão, um ponto importante.
O olhar de Número Dois pairava sem se perturbar. A este respeito seus
olhos eram como um par de pernilongos que pairam propositalmente cinco
centímetros diante do seu nariz e se recusam a se desviar por golpes com as
mãos, tapas de mata-moscas ou jornais enrolados.
— Eu sei disso — disse —, mas um dia vai ter! Por isso deixamos um
ultimato com um espaço em branco para eles preencherem.
— O quê?
— E explodimos algumas instalações militares. O capitão debruçou em sua
banheira.
— Instalações" militares, Número Dois? — disse. Os olhos tremularam por
um momento.
— Sim, senhor, instalações militares em potencial. Tudo bem... árvores.
Passou o momento de incerteza, seus olhos adejavam para a audiência.
— E também — vociferou — interrogamos uma gazela!
Posicionou elegantemente sua Matazap debaixo do braço e marchou através
do pandemônio que irrompera pela multidão em êxtase. O máximo que conseguiu
caminhar foram alguns passos antes de ser levantado e carregado para uma
volta de honra ao redor da clareira.
Ford sentou-se e começou a bater negligentemente duas pedrinhas, uma
contra a outra.
— Então, o que mais que vocês fizeram? — indagou, quando as celebrações
tinham acabado.
— Começamos uma cultura — disse a moça de marketing.
— Ah, é? — disse Ford.
— É. Um dos nossos produtores de cinema já está fazendo um fascinante
documentário sobre os homens das cavernas nativos da área.
— Não são homens das cavernas.
— Parecem homens das cavernas.
— Eles vivem em cavernas?
— Bom...
— Vivem em cabanas.
— Talvez estejam redecorando suas cavernas — gritou um gaiato na
multidão.
Ford virou-se para ele, irritado.
— Muito engraçado — disse —, mas vocês notaram que eles estão morrendo?
Em sua viagem de volta, Ford e Arthur tinham deparado com duas aldeias
abandonadas e pelos corpos de vários nativos na floresta, para onde tinham
se arrastado para morrer. Os que ainda viviam pareciam doentes e apáticos,
como se sofressem de uma doença do espírito e não do corpo. Andavam
indolentemente e com uma tristeza infinita. Seu futuro lhes tinha sido
tirado.
— Morrendo! — repetiu Ford. — Sabe o que isso significa?
— Ahn... que não devemos vender apólices de seguro para eles? — gritou o
gaiato outra vez.
Ford ignorou-o e apelou para toda a multidão.
— Será que dá para vocês tentarem entender — disse
— que foi só depois da gente chegar aqui que eles começaram a morrer?
— Na verdade isso calha magnificamente no filme — disse a garota de
marketing —, dá aquele toque pungente que é a marca característica de todo
documentário realmente bom. O produtor é muito empenhado.
— Tem que ser — murmurou Ford.
— Eu soube — disse a garota voltando-se para o Capitão que começava a
discordar com a cabeça — que ele quer fazer um sobre o senhor em seguida,
Capitão.
— Ah, verdade? — disse ele animado. — Isso é maravilhoso.
— Ele tem um ângulo muito interessante sobre esse assunto, sabe, o fardo
da responsabilidade, a solidão do comando...
O Capitão festejou por uns instantes.
— Bom, eu não acentuaria demais esse ângulo, sabe — disse finalmente. — A
gente nunca está sozinho com um pato de borracha.
Ergueu o pato para o alto para a multidão apreciá-lo.
Por todo esse tempo o consultor de gerência tinha ficado sentado num
silêncio de pedra, com as pontas dos dedos apertadas contra as têmporas para
indicar que estava esperando e que esperaria o dia todo se fosse necessário.
A esse ponto ele resolveu que não ia esperar o dia todo nada, ia só
fingir que a última meia hora não tinha acontecido.
Levantou-se.
— Se — disse sucintamente — pudéssemos por um momento passar para a
questão da política fiscal...
— Política fiscal! — gritou Ford Prefect. — Política fiscal!
O consultor de gerência dirigiu-lhe um olhar que apenas uma pirambóia
poderia imitar.
— Política fiscal... — repetiu — foi o que eu disse.
— Como vocês podem ter dinheiro — perguntou Ford — se nenhum de vocês
produz efetivamente alguma coisa? Não nasce em árvores, sabia?
— Se você me permitisse continuar...
Ford consentiu com um sinal de cabeça, desanimado.
— Obrigado. Desde que decidimos há algumas semanas adotar a folha como
moeda legal, todos nos tornamos, naturalmente, imensamente ricos.
Ford assistia incrédulo à multidão, que murmurava apreciativamente e
passava os dedos pelos montes de folhas que tinham entuchado em seus
macacões.
— Mas também — prosseguiu o consultor de gerência — deparamos com um
pequeno problema de inflação decorrente do alto nível de disponibilidade de
folhas, o que significa, eu acho, que o valor atual de câmbio corresponderia
a algo como três florestas caducas para a compra de um amendoim da nave.
Murmúrios alarmados vieram da multidão. O consultor de gerência os
aplacou.
— Então, com o objetivo de prevenir este problema — continuou -- e
efetivamente revalorizar a folha, estamos prontos a lançar uma campanha
massiva de desfolhação e... ahn, queima de toda a floresta. Acredito que
todos concordarão que é um passo sensato diante das circunstâncias. A massa
parecia um pouco insegura quanto a isso por alguns segundos até que alguém
lembrou o quanto isso elevaria o valor das folhas em seus bolsos, o que os
fez dar pulos de alegria e ovacionar de pé o consultor de gerência. Os
contadores entre eles previam um outono muito lucrativo.
— Vocês estão todos loucos — explicou Ford.
— Estão absolutamente apalermados — sugeriu.
— Vocês são um bando de otários delirantes — opinou.
O grosso das opiniões começou a voltar-se contra ele. O que tinha
começado como excelente diversão tinha agora, na visão da massa, deteriorado
em mero abuso, e já que este abuso era principalmente dirigido contra eles,
eles ficaram fartos.
Sentindo essa mudança no ar, a garota de marketing voltou-se para ele.
— Talvez venha ao caso — disse ela — perguntar o que você andou fazendo
todos estes meses então. Você e aquele outro intruso estão desaparecidos
desde o dia em que chegamos.
— Estávamos viajando — disse Ford. — Fomos tentar descobrir alguma coisa
sobre este planeta.
— Oh — disse a garota maliciosamente —, não me parece muito produtivo.
— Não? Pois bem, eu tenho notícias para você, meu amor. Nós descobrimos o
futuro deste planeta.
Ford esperou que esta afirmação produzisse seu efeito. Não produziu
nenhum. Não sabiam do que ele estava falando.
Continuou.
— Não importa um par de fígados fétidos de cães o que vocês resolverem
fazer de agora em diante. Queimar as florestas ou o que for, não vai fazer
nem um arranhão de diferença. Sua história futura já aconteceu. Vocês têm
dois milhões de anos e pronto. Ao final desse tempo sua raça vai estar
morta, passada e já vai tarde. Lembrem-se disso, dois milhões de anos!
A multidão murmurava entre si, incomodada. Pessoas ricas como eles tinham
acabado de se tornar não deveriam ser obrigadas a ficar escutando tipo de
pagação. Talvez se eles dessem uma ou duas folhas para o sujeito ele fosse
embora.
Não precisaram se incomodar. Ford já estava caminhando para fora da
clareira, parando apenas para sacudir a cabeça para Número Dois, que já
estava descarregando sua Matazap em algumas árvores das proximidades.
Voltou-se uma vez.
— Dois milhões de anos! — disse, e deu uma risada.
— Bom — disse o Capitão com um sorriso reconfortante —, ainda há tempo
para mais alguns banhos. Alguém podia me passar a esponja? Acabei de
derrubar aqui do lado.

sábado, 27 de setembro de 2008

As crônicas de Spiderwick - The Spiderwick chronicles, 2008

Um filme engraçado, conto de fadas. 
Nada muito relevante, mas como já tinha jogado o game, achei que seria interessante assistir o filme.
Um garoto, um irmão, uma irmã, uma família com problemas e o encantado mundo do conto de fadas que se torna real...

mas tudo bem, acontece...


Parece bastante um filme da Disney...
estranho que não é...

A múmia 3: a tumba do imperador Dragão - The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor, 2008


Outro filme da múmia, agora sem múmia...

Estranho, quase ruim. Brendan Fraser está péssimo.
O Jet Li quase nem aparece no filme...

Horrível...
mas se você não esperar nada além de um filme de ação, seja bem vindo!

O guia do Mochileiro das galáxias - The hitchhiker's guide to the galaxy, 2005

Baseado na trilogia de 4 livros de Dlougas Adams, o filme conta a história de Arthur Dent, um britânico que é salvo da destruição da Terra pouco antes dela ser destruída... (isso foi proposital)

 

Junto com Trillian, Zaphod, Ford e Marvin, Arthur sai pela galáxia em busca da pergunta da Vida, do Universo e Tudo mais. Uma vez que a resposta é 42.

 

Incrivelmente engraçado, traz sátiras impressionantes e cômicas, o robô Marvin é o melhor personagem já criado, capaz de falas impressionantes. Dotado de uma inteligência 30 bilhões de vezes maior que a de um ser humano ele está fadado a realizar trabalhos banais... 

 

 

Vale a pena assistir.




quinta-feira, 11 de setembro de 2008

das coisas novas

é, tá foda...
estou tentando não esperar nada das pessoas, mas já não sei fazer isso...

queria poder mudar as coisas sozinho, mas não posso, e também não quero levar o fardo sozinho.
Estou confiando em pessoas que acredito que não vão deixar as coisas na minha mão apenas, mas eu queria mais, mais resposta, mais empenho...

tá foda...

além de tudo, tem estágio, tem aula, tem a bolsa que já vai começar a atrasar;
tem o pet, o cab, a facul, a casa...


puta que pareu....




porém, como otimista, atualmente, vou viver esse dia ruim, me render a ele, mas amanhã retomo a vida...
não dá pra ficar gastando meu tempo nessa vida curta com esses momentos ruins, quero mais serotonina!

ahueaheuhau

pronto, amanhã já estarei melhor...
eu espero!