tá, eu sei, estou com o pensamento viciado na corrente evolucionista neodarwinista.
li, faz pouco tempo, o livro do Dalkiwns, chamado "o relojoeiro cego", um livro que tenta explicar a complexidade irredutível e afetar as crenças no chamado "design inteligente".
dentre outras coisas ele explica, em um processo de leitura um tanto maçante, mas ainda assim interessante, em como um organismo simples pode se tornar algo complexo. Em outras palavras, em como simples pele pode se tornar um olho ao longo das gerações.
Algumas das idéias que esse autor apresentou e que eu achei realmente interessante é a explicação e as demonstrações das suas teorias, por exemplo, para explicar os eventos do acúmulo de complexidade, ele elaborou um programa de computador para tal, explicando, ou iludindo, os leitores muito bem, resta pouca dúvida sobre a capacidade dos seres, ao longo do tempo evolutivo, de acumular pequenas mudanças, as chamadas micro-evoluções, que após longos períodos dão origens a mudanças bruscas, como o aparecimento de penas nas aves, e a não existência de penas em grupos menos derivados. Apesar de ser difícil imaginar algum dia um filhote de réptil sair do ovo cheio de penas, apesar dos seus pais terem apenas escamas, é possível verificar o acúmulo de mudanças em populações de répteis que ao final do nosso processo de verificação, teríamos um individuo penado.
A propabilidade de evento de que um filhote de lagarto saia do ovo com penas é possível de se calcular, porém o número é extremamente grande, realmente improvável, no entanto, é possível dividir essa probabilidade em inúmeras gerações, adimitindo o fato de que as mutações, àquelas no sentido de aparecimento de penas, sejam cumulativas. A propabilidade, então, para cada geração ainda que pequena, será infinitamente maior que do evento acontecer durante apenas uma geração.
Uma outra coisa bem interessante, não que seja novo para mim, mas é a explicação do autor sobre a improbabilidade de que a evolução leve, por caminhos diferentes, um mesmo final; ou então, que aconteça um mesmo trajeto evolutivo duas vezes.
E a teoria que marca o livro é a apresentação das guias da taxonomia cladística.
A consequência da existência de fósseis de todos os animais que já viveram seria catastrófica, pois ficaria difícil distinguir os grupos entre si, uma vez que existiriam intermediários para todos os grupos.
...
tá, até gosto bastante de evolução...
2 comentários:
uma coisa que é sempre bom ter em mente quando se fala em evolução é que ela ocorre em populações e não em indivíduos.
não entendi a parte do "a improbabilidade de que a evolução leve, por caminhos diferentes, um mesmo final; ou então, que aconteça um mesmo trajeto evolutivo duas vezes." pois o que são as convergências adaptativas senão o mesmo final por caminhos diferentes temporalmente????
além de microevoluções sempre podem ocorrer evoluções em saltos, apesar de muitas pessoas pensarem que são coisas excludentes eu sempre imaginei que as duas coisas (e pq não outras 80 e tantas outras formas) ocorram simultaneamente.
sempre que falamos em evolução também não podemos esquecer como atuam a seleção natural e a mutação e, quiçá, a epigenética - há quem ache que este seja um "terceiro fator" da evolução.
sim, ela ocorre em indivíduos e que se reflete na população...
não estava me referindo as convergências, mas a improbabilidade de que um mesmo evento evolutivo aconteça duas vezes por caminhos diferentes, como surgimento do olho humano, ele surgiu uma vez só... não existe nenhum outro olho humano por ai.
pode até ser que os saltos aconteçam, mas acho difícil eles serem perpetuados na espécie no processo evolutivo, não exclui-se a possibilidade desses saltos acontecerem só é difícil imaginar que as mutações que os acompanhem se fixem no pool da população.
eu acho que a epigenética seja um fator extremamente importante na seleção e consequentemente na evolução das espécies, talvez até dos individuos...
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