No final de fevereiro me mudei para a cidade de Belém, no Pará, onde vou fazer meu mestrado no Museu Paraense Emílio Goeldi, referência quando se pensa em registro da fauna e flora amazônica.
Lá, faço parte da turma de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Zoologia, na área de Sistemática e Evolução. Finalmente, irei dar início aos trabalhos com aves, desejo presente desde, e talvez até antes, da faculdade.
Já fazem 2 meses que estou por lá, e agora as coisas parecem mais simples. Isso não quer dizer que o começo foi fácil. Por diversos momentos, meus pensamentos sempre rodeavam a minha opção por Belém, os questionamentos foram vários: será que irei acompanhar o assunto?, será que vou ter dinheiro pra me manter aqui?, será que vou aguentar a distância?, terá sido a decisão correta?,
entre outras coisas. Por vários momentos tive vontade de voltar e em dois deles quase o fiz.
Felizmente, isso é passado. Consegui manejar minhas atividades e agora as coisas estão bem mais simples. Acabei mudando de apartamento, com certeza, minha melhor escolha. E a vida segue.
No Museu, irei trabalhar na coleção de Ornitologia, com as peles depositadas e com material genético para realizar uma revisão sistemática e filogeografia de duas espécies de Malacoptila, da família Bucconidae.
O trabalho é bastante interessante e estou bastante empolgado com ele. Espero que até o meio do ano já tenha feito a morfometria de todas as peles do museu, para me preocupar no segundo semestre apenas com a molecular, e no ano que vem, quem sabe visitar um grande museu. Quem sabe o American Museum of Natural History?
Por enquanto é isso, quem sabe agora que estarei com um computador em Belém consiga postar alguma coisa toda semana.
Malacoptila fusca.