sexta-feira, 28 de agosto de 2009

a larica

- vamos pedir alguma coisa para comer?
- o quê?
- sei lá, qualquer coisa...
- mas o quê?
- ah, qualquer coisa...
-

terça-feira, 18 de agosto de 2009

deus pensa

Um dia estava Deus no seu cadeirão, quando resolveu, por capricho, fazer algumas travessuras. Fungindo da supervisão de seus anjos e arcanjos chegou ao planetário da família e começou a brincar com a massa de modelar que havia ganho de um tio. Sim, Deus tinha um tio, mas isso é história para outro dia.
Em posse de sua massinha de modelar, Deus começou a polir e dar forma aos pedaços sem forma, até chegar em alguma coisa bem próxima dele mesmo. Olhando aquilo, com muita atenção, Deus percebeu que aquilo parecia com ele, mas não dessa forma, já que apesar de estar cercado por anjos e arcanjos, Deus nunca tinha tipo a oportunidade de se auto reconhecer, já que seria um desastre o criador ter conhecimento de sua forma. Dessa forma, quando percebeu que tinha alguma coisa e essa coisa parecia lhe causar uma certa aversão e o mesmo tanto de atração, Deus ficou com medo e saiu correndo, deixando para trás sua criação.
Essa foi a origem do homem.

sábado, 15 de agosto de 2009

o bêbado vê as coisas de um nível superior...

poxa fazia muito sentido tudo isso que eu escrevi ai embaixo quando eu escrevi bêbado...
agora tá meio sem nexo... mas engraçado...
e acho que eu bodiei de terminar o diálogo, acho que eles foram surpreendidos pelo fim do mundo...


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

sobre as conversas

o que eu diria das últimas conversas...
acho que seriam obras de pessoas insanas, ou de alguém muito criativo...
porém, são obras sãs. até onde se perceberia o juiz, executor decidir as coisas...

mas enfim, um dialógo, motivado pelo consumo de álcool.

- me diga, porque você acredita em alguma coisa além disso?
- porque se eu não acreditasse não seria nada...
- e por que você acha que ser diferente dele é diferente de ser igual?
- pela simples definição de igual e diferente.
- mas a distância dessa definição não é o que faz as coisas perfeitamente estáveis??
- é, talvez.
- sim, não, com certeza, essas são as destinadas corretas e vamos mandar muito bem.
- é bem provável, que outras civilizações estão bem menos derivadas e preocupadas com o inverno difícil que a maioria dos animais passa. Um ciclo de energia desede o

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

sobre o diálogo

- então, você conseguiu resolver aqueles problemas?
- que problemas?
- não sei, os que a gente tava discutindo outro dia.
- acho que sim, já falei com ele...
- mas não era ela?
- ela? não, ele, 0 irmão, você não prestou atenção na conversa?
- irmão, mas você tava falando de como foi difícil aguentar ela reclamando...
- sério? quando? acho que você entendeu errado...
- acho que não, eu tenho certeza de você falando sobre como tinha sido chato brigar com ela.
- espera, do que você está falando? que conversa?
- aquela, outro dia no bar.
- mais alguma coisa senhores?
- não, obrigado.
- não, muito obrigado.
- acho que estou me confundindo um pouco. tá... .... ... tá, agora eu sei do que você tá falando. é, eu conversei com ela, disse que eu não prestava atenção no que ela dizia...
- senhor, a conta.
- certo.
- mas e ae, o que aconteceu? vocês brigaram de novo?
- não, mas a gente resolveu dar um tempo.
- tempo de quê? como irmãos dão um tempo?
- não, seu idiota, com ela... com o meu irmão não era nada de mais...
- ah, tá...
- agora eu entendo porque a gente tinha brigado.
- a gente brigou.... sabia que tinha feito alguma coisa aquele dia no bar... não me lembro nem de como cheguei em casa...
- ahh... sua anta. tava falando da minha briga com ela... bom, quer saber, aqui está minha parte a gente se vê lá em cima... té...
- certo, té...
- aqui senhor, o troco. Muito obrigado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

ode ao último post de novo

- oi, e ae?
- e ae, pega um copo lá na pia.
- certo.
- aqui, quer? pega essa garrafa que tá gelada.
- opa, valeu, nada melhor que uma breja no final da tarde.
- ? eu também acho... ow, você viu aquele mané no trabalho hoje?
- quem?
- aquele que tava falando sozinho, acho que discutindo alguma coisa que ele tinha feito e se questionando a respeito...
- hum, o que tem de mais?
- o cara tava falando sozinho por alguma coisa que ele tinha feito... muito mané...
- ah, vai saber, as vezes era alguma coisa importante pra ele... mas ele sempre foi estranho né? lembra o dia que ele se cagou todo?
- hahahaha, lembro, coitado, todo mundo no escritório viu... se fosse eu, nem voltava a trabalhar..
- é, nem eu...

ode ao último post

- então, você não acha estranho falar da morte de alguém assim?
- não.
- tem certeza?
- certeza de quê?
- de falar da morte de alguém assim.
- já falei que não, será que você pode me passar o sal?
- lógico, aqui. mas cara, se tá ligado que é meio bizarro isso, né?
- o quê?
- a morte de alguém, porra...
- ah, tá. então, como diriam algumas pessoas diferentes de nós, morrer é só mais um passo, meu queria padawan. ou qualquer outra idiotice parecida...
- sei, mas o que os outros dizem eu já sei, certo? quero saber o que você acha!
- e que diferença ia fazer para você?
- toda, porque assim eu vou saber mais de você!
- e pra quê?
- porra! porque nós somos amigos. certo?
- ...
- ...
- certo. do que a gente tava falando mesmo?
- ah, deixa pra lá...

o enterro da mei...

bom, tinha prometido, mas eu estou atrasado, bem atrasado, não pq eu tenha ficado pensando muito nas músicas que eu deveria colocar, mas sim porque eu sou uma pessoa mal organizada que não consegue programar as coisas, e também porque fiquei sem internete um tempo.. mas enfim...
vamos lá.
outro dia estava falando com a mei e sobre as músicas que deveriam estar no enterro dela, tipo, algo para que as pessoas, como um todo (acredito eu), para a mei, pudessem expressar de maneira uniforme seus sentimentos... assim: ao invés de eu ficar pensando em quanto a mei foi legal, sincera, boa, vaca, gostosa, chata, etc... pudesse, como todos no velório/enterro, interagir e organizar meus pensamentos bons ou ruins da mei de acordo com a música, para que as pessoas podessem se organizar melhor e desta forma, lembrar da mei de acordo com a música que estivesse tocando... eu acho...
mas enfim... as músicas, que acho que caíriam bem para a situação do enterro...

14. Non, Je ne regrette rien - Edith Piaf (essa é para mostrar que mesmo a fantasia produz excelentes resultados...)

bom, acho que eram essas...
na verdade teria colocado uma vida inteira de músicas, mas achei essas justas... e elas parecem tristes, mas ver as coisas como tristes é só um dos possíveis pontos de vistas do mundo...

ps. não faço esse tipo de trabalho por encomenda...
ps2. as músicas foram escolhidas agora, não tive como programar melhor... mas eu realmente acredito que sirva para o evento.
ps3. para o velório eu acho que um pouco de jazz garante o entretenimento de todos... e algumas balinhas de limão, ou pitanga, não sei... azedo, para uma cara convincente perto do caixão...
ps4. algumas músicas foram discutidas com a própria contratante



domingo, 2 de agosto de 2009

olha, ali!

- você não está vendo?
- o quê?
- ali, logo ali, aquela ali, sorrindo... tá vendo?
- ... não, quem:?
- aquela, de verde, sorrindo, conversando com a outra, de cara amarrada...
- ah, sei... então vai lá...
- acho melhor não, ela nem vai lembrar meu nome, além do mais, ela está tão bonita ali. assim, sorrindo, sendo feliz, que isso já me deixa feliz o suficiente para uma vida. pelo menos nesse instante. sabe, só de olhar e imaginar o quanto seria legal, nós, juntos, já vale a pena...
- cara, você precisa melhorar isso... desse jeito você só vai ver a vida passar...
- mas o fato de olhar e imaginar já é uma grande coisa. assim, ela, ali. parada, sorrindo, derretendo e remodelando o mundo ao redor dela. sabe, é uma coisa fantástica. como uma pintura, sabe? perfeita, dislocando tempo, dessaranjando estruturas... movendo vontades e sentimentos...
- sério, cara, você tem um grande problema...