Queria ser mais letrado agora para poder redigir minhas melhores teorias.
Elas não são a combinação perfeita de conhecimento e lógica, muito menos de conhecimento e logística, uma vez que ambas as combinações necessitam de uma quantidade de abstração que pessoas normais não possuem. Dessa forma, queria simplesmente expressar aquilo que acho que seria o correto que as pessoas seguissem, ou então, como fazem os matemáticos, expressar em fórmulas e algoritmos o ritmo de consciência da população em geral, seus métodos, aflições, sonhos e afins, na verdade o tal do horizonte ético, ou horizonte filosófico.
Pra começar queria deixar claro que realmente quando escrevo algumas coisas é para anular e ridicularizar as idéias que vão contra a minha concepção, porém, não menos evidente é a minha vontade de entender, ou no mínimo, compreender todas elas. Para tanto acredito que minhas concepções e teorias se encaixam em patamar alto, não o mais alto, próximo a ele. Muito daquilo que me é dito passa pelo meu sistema de informações, algumas coisas são prontamente descartadas, algumas são selecionadas a grande parte é ignorada.
As partes que são ignoradas são aquelas que não passam pelos filtros maiores, coisas que não fazem o menor sentido no momento e que de certa forma me irritam, algumas teorias familiares fazem parte dessa lista, assim como a teoria de alguns amigos.
As descartadas fazem parte de um grupo mais seleto, mais refinado, com um embasamento reconhecido por mim melhor e mais elaborado, fazem parte dessa categoria as concepções religiosas e as definições bruscas e pouco maleáveis. Aquelas que derivam de dogmas, não só os dogmas religiosos, mas todos os outros. Não gosto de recorrer aos dogmas, pois partem do pressuposto da crença, não consigo mais aliar a crença ao meu hábito de pensamento, é claro que só isso já constitui um dogma, mas pretendo mudar. Essa é uma das idéias que ainda estão em processo de avaliação.
As teorias aceitas são aquelas que talvez não tenham muito fundamento, mas que me agradam e que me fazem refletir além do momento em que ocorre o primeiro contato, bom delas tenho pouco a falar, pois fazem parte de mim, assim não é possível expressa-las sem que as deturpe demais aquilo que no momento me fazem crer que elas são suficientes para o meu conhecimento.
E depois de ter falado de tudo isso quero tentar colocar aqui alguma das minha concepções atuais sobre as coisas.
Se Nietzsche estivesse vivo e fosse de alguma forma acessível para uma conversa, adoraria discutir algumas coisas com ele. Minha mente está sendo moldada para aceitar a vida como uma grande máquina perdida no espaço, evoluindo de acordo com as pressões exercidas pelo ambiente, eu, porém, não consigo achar um elo entre as pressões, os moldes e a concepção de vida. (Citei Nietzsche, pois, ele faz parte de uma escola filosófica que me atrai, nada muito sério, mas me faz confortável, ou não, dependendo do referencial.)
Uma das coisas que me irrita é a concepção de unicidade de pensamento, da concepção única, da focalização de objetivos e consequentemente da abstração do resto, pois a única coisa a interessar as pessoas, hoje em dia, é a sua área de atuação (não enquadre isso apenas no mundo acadêmico, apesar dele ser o mais afetado por isso atualmente). Na biologia se enfrenta um grande problema nessa questão, pois, nos dias em que se fala de aquecimento global e extinção das espécies, a biologia é o centro das atenções, fazendo com que aqueles que estudem biologia ou então a carregue nos ombros passe a ostentar o diploma ou o conhecimento adquirido em aulas como algum tipo de prêmio extra, como uma coroa de louro, ou então, a estrela a mais no brasão. Para mim, como uma característica individual, esse é um erro grotesco, absurdo, mas tudo bem as pessoas pensarem assim, só gostaria que se obtivesse um pensamento mais amplo que o da biologia apenas, pois esse é o problema. Uma vez que ser biólogo não é um fardo, o fardo está em reduzir as concepções em caracteres unicamente biológicos.
Voltando ao assunto evolutivo das coisas. A maior parte das teorias evolutivas se concentra em dois grandes fatores, na verdade, em apenas um: a existência, ou não, de um ser especial antecessor a tudo, o que comanda a evolução, ou então, aquele que a iniciou, o sopro inicial, a fonte da vida. Para os cristãos essa força é Deus, para outros o mundo surgiu de um ovo, enfim as teorias para o início são várias, a maioria faz parte das idéias que tenho vontade de descartar, mas como a maioria tem um embasamento forte prefiro guarda-las comigo.
Entretanto para que me serve guardar tais informações?
Essa é a pergunta que mais me incomoda atualmente, sou do mundo niilista talvez, o romântico me atrai e os contos de valor, ética e honra são muito bem vindo nessa vida.
Mas não vou encerrar com perguntas, uma vez que não tenho resposta para quase nada, não pretendo me prender a elas na verdade, e antes que me esqueça, estou tentando viver a vida a cada dia, vendo todas as coisas com múltiplos olhares, tentando ver as múltiplas facetas de cada momento, não só o colorido de uma flor, mas o que aquilo pode proporcionar aos outros e a mim mesmo. Aliás, já perceberam como podem fazer as pessoas felizes com apenas um boa dia, ou mesmo um sorriso. Tentem, é uma ótima tática para viver dias melhores e esqueçam a “saudades de outrora”, vivam o dia, sejam o evento. Bebam chá/cerveja/café/sorvete/água/sucos-da-cantina/leite(para os fracos) junto com as pessoas e façam desses momentos eventos sociais, perguntem como andam seus amigos, o que comeram do que gostam, se o verde os agrada, ou será o vermelho? São daltônicos? Carecas? Frigidos?
Enfim, aproveitem as grandes capacidades oferecidas, não se prendam ao direcionamento das doutrinas estéticas e principalmente, compartilhem as coisas com os próximos.
